

Nesta altura do ano, em que as noites têm mais cor, o chocolate quente sabe melhor e os momentos em família fazem parte da “check list”, a equipa das Marionetas do Porto desejam a todos um Bom Natal e um Feliz Ano Novo! Obrigada por mais um ano a acompanhar-nos. Em 2026 continuaremos com uma programação de excelência para partilhar com o nosso querido público!



O Sr. Aníbal
m/3
6 a 21 de dezembro
Teatro de Belomonte – Rua de Belomonte, 57 | Porto
Sessões para público em geral
sábado, domingo e feriado
16h00
Bilhetes AQUI
Sessões para público escolar
quarta a sexta, 10h30 e 14h30
(com marcação prévia)
+ informações e reservas
222089175
teatro@marionetasdoporto.pt
O senhor Aníbal é um senhor idoso que vive sozinho numa casa-toca. A sua companhia são os objetos que habitam uma casa e as memórias que cada um deles carrega. No meio de tanta solidão, tanto silêncio, será que o senhor Aníbal se sente sozinho? Ou as memórias baralhadas de 80 anos de vida se tornam em momentos vertiginosamente divertidos? Será que os objetos de uma casa podem ganhar vida apenas para fazer companhia a este velhinho?
As Marionetas do Porto propõem um espetáculo que reflete sobre a velhice e associada a ela alguma solidão. Ao acompanhar este personagem fazemos uma viagem sobre as rotinas do seu dia-a-dia e os seus contratempos. No espetáculo, a companhia faz uma abordagem aos objetos do quotidiano que carregam a sua própria memória, a sua função e a sua metáfora, ao mesmo tempo que reflete sobre a velhice nos tempos atuais.


Universo Onírico
3 a 31 de dezembro*
Quarta a sexta
14h – 18h**
Sábado e domingo
11h – 13h* + 14h – 18h**
**última admissão 30 minutos antes do fecho
Rua de Belomonte, 61 – Porto
Bilhetes AQUI
Da exposição O Universo Onírico das Marionetas do Porto fazem parte obras emblemáticas da companhia que se relacionam com a temática do sonho e ambientes etéreos (Wonderland, Nada ou Silêncio de Beckett, Cabaret Molotov, Cinderela, A Cor do Céu e Joanica Puff).
Miséria e Teatro Dom Roberto mantém-se como documento histórico do Museu das Marionetas do Porto e acrescentamos à lista uma mega ilustração de Júlio Vanzeler que une dezenas de personagens criadas por si.
No espaço de experimentação, concebido como um miniteatro, poderá ser um verdadeiro marionetista, encenador e ainda técnico de luz, som e vídeo.
A exposição permite uma fruição diversa, capaz de transportar o visitante para outro lugar, através das peças expostas, dos adereços, das histórias e de todas as atividades propostas num programa dirigido a todo o público.
Na sala dedicada às exposições temporárias recebemos, duas vezes por ano, companhias de marionetas e formas animadas do nosso país.
Este é um museu de autor, centrado na obra de João Paulo Seara Cardoso (1956-2010), fundador do Teatro de Marionetas do Porto, situado numa rua estreita, em pleno centro histórico. Atravessar a porta do Museu, tem sido, para muitos visitantes, um encontro com a utopia. Assim desejamos que continue através da exposição patente.

Objetos Rejeitados
Exposição Temporária Alma d’Arame
Até 1 fevereiro 2026
Museu das Marionetas do Porto
Vivemos rodeados de objetos. Uns acompanham-nos durante anos, carregando memórias, afetos e histórias. Outros, pelo contrário, são descartados, esquecidos, rejeitados. Esta exposição nasce desse gesto de exclusão — do momento em que algo perde o seu valor de uso ou simbólico e é relegado ao silêncio.
Ao reunir objetos rejeitados dos espetáculos que saíram de cena no percurso da Alma d‘Arame propomos um olhar renovado sobre aquilo que é considerado resto, sobra ou inútil. Aqui, o que antes era invisível ou ficou pra trás renasce e ganha presença; o que foi descartável transforma-se em matéria de reflexão.
Os objetos, privados da função para a qual foram criados, libertam-se das regras do consumo e abrem espaço para novas leituras: podem ser testemunhos de um tempo, metáforas de fragilidade, ou ainda resistências discretas contra a lógica do desperdício.
“Objetos Rejeitados” é, acima de tudo, uma exposição sobre segundas vidas. Cada peça convoca o visitante a imaginar novas histórias, a reconstituir afetos e a questionar os critérios que definem o que é valioso ou insignificante.
Aqui, o rejeitado é reabilitado — não para voltar a ser útil, mas para se tornar visível, digno e capaz de nos interpelar.
Amândio Anastácio