
Armazém 88
m/14
17 de maio – 21h
18 de maio – 17h30
Teatro São Luiz
Rua António Maria Cardoso, Lisboa
Inserido no FIMFA lx25 (Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas)
No presente viajamos até ao passado para projetar um futuro.
Mergulhando no universo do fundador da companhia, João Paulo Seara Cardoso, as Marionetas do Porto criaram um espetáculo a partir do seu arquivo adormecido, recuperando marionetas, materiais, ideias e conceitos, tirando partido da intemporalidade e transmudação das marionetas.
Armazém 88 é um lugar etéreo que reflete sobre a velocidade dos tempos, a volatilidade das coisas, a massificação, o isolamento e de como sobrevivem as nossas emoções neste mundo urbano.
No 35º aniversário do Teatro de Marionetas do Porto criámos um espetáculo que se debruça nas reflexões do nosso fundador em comunhão com as nossas.
É esta a nossa celebração, a nossa homenagem.
“É essa estranha ressonância do teatro com a vida que procuramos obsessivamente.”
João Paulo Seara Cardoso, 2001

COISAS
m/3
24 de maio – 16h00
Teatro Municipal da Covilhã
R. Rui Faleiro 1, Covilhã
Dentro de uma maçã está uma semente. Dentro de uma semente, está uma árvore. Disse o menino.
Mas então, perguntou a caixa, o que temos dentro é o que está fora? Uma coisa também é outra coisa?
Se guardar uma flor, sou um jardim?
Sim.
A partir de um conto de Júlio Vanzeler, as Marionetas do Porto exploram, através do olhar de diferentes personagens, a forma como o contacto com diferentes objetos influi na construção da identidade e como podem ser decisivos na visão do mundo e de nós próprios, na mais tenra idade.
Uma caixa cuja função é guardar e organizar, mas que sonha em ser jardim, uma mala que é uma memória, uma menina num corpo que é um gabinete de curiosidades, uma máquina fotográfica que se debate com a teimosia do tempo e de coisas que questionam o lugar das coisas. As coisas que fazem parte do dia a dia, mas em lugares que nunca as imaginamos ver e onde transportam sempre a sua memória de lugar para lugar.

Universo Onírico
2 a 31 de maio*
Quarta a sexta
14h – 18h**
Sábado e domingo
11h – 13h* + 14h – 18h**
**última admissão 30 minutos antes do fecho
Rua de Belomonte, 61 – Porto
Bilhetes AQUI
Da exposição O Universo Onírico das Marionetas do Porto fazem parte obras emblemáticas da companhia que se relacionam com a temática do sonho e ambientes etéreos (Wonderland, Nada ou Silêncio de Beckett, Cabaret Molotov, Cinderela, A Cor do Céu e Joanica Puff).
Miséria e Teatro Dom Roberto mantém-se como documento histórico do Museu das Marionetas do Porto e acrescentamos à lista uma mega ilustração de Júlio Vanzeler que une dezenas de personagens criadas por si.
No espaço de experimentação, concebido como um miniteatro, poderá ser um verdadeiro marionetista, encenador e ainda técnico de luz, som e vídeo.
A exposição permite uma fruição diversa, capaz de transportar o visitante para outro lugar, através das peças expostas, dos adereços, das histórias e de todas as atividades propostas num programa dirigido a todo o público.
Na sala dedicada às exposições temporárias recebemos, duas vezes por ano, companhias de marionetas e formas animadas do nosso país.
Este é um museu de autor, centrado na obra de João Paulo Seara Cardoso (1956-2010), fundador do Teatro de Marionetas do Porto, situado numa rua estreita, em pleno centro histórico. Atravessar a porta do Museu, tem sido, para muitos visitantes, um encontro com a utopia. Assim desejamos que continue através da exposição patente.

Uma Coisa Menos Longínqua
Exposição Temporária Teatro de Ferro
Até 28 de setembro
Museu das Marionetas do Porto
Estão aqui representadas duas criações do percurso do Teatro de Ferro: Uma Aventura no Espaço (2013) conta as aventuras de uma menina-marioneta chamada Carla Cosmonauta que viaja pelo espaço nas suas diferentes conceptualizações e Uma Coisa Longínqua (2020), uma espécie de poesia épica abstrata que celebra as grandes façanhas de um grupo de objetos (criaturas, criações?) que parte, cosmos adentro, em busca de outros modos de existir. Foram experiências muito diferentes: no primeiro caso temos um dispositivo cenográfico partilhado por performers e espectadores numa relação interativa e de grande proximidade, no segundo trata-se de um filme-performance em que apenas uma pequena parte é executada e projetada ao vivo. Nestas modalidades distintas de copresença habita um fascínio pela ideia de espaço (que, como se sabe, é outra forma de falar de tempo). As peças que selecionámos falam-nos então sobre espaço, sobre distância e, claro, sobre proximidade.
Nesta pequena mostra do nosso trabalho propomos um encontro entre figuras antropomórficas e outras morfologias não especificadas, entre algo que evoca a escultura abstrata do século XX, a formação geológica e outros objetos indeterminados que habitam certas pinturas do movimento surrealista. Em comum partilham uma vida em cena que através da manipulação, explora a tensão entre corpo, espaço e tempo.
De Uma Aventura no Espaço selecionámos as figuras da cena “o espaço da intimidade”: duas marionetas esculpidas em madeira de faia por Eduardo Mendes e Hernâni Miranda representam os intérpretes Carla Veloso e Igor Gandra. Estes dois são também criadores do espetáculo e um par amoroso que dança na eternidade. O poema é de Regina Guimarães e foi escrito para a cena. De Uma Coisa Longínqua trouxemos algumas esculturas (também em madeira) de Igor Gandra e Eduardo Mendes extraídas da cena “deserto noite” que povoam uma paisagem de areia, o seu habitat natural. Deste mesmo projeto destacámos também o vídeo da cena “clepsidra” filmado e montado por Lota Gandra com sonoplastia de Carlos Guedes. O processo de criação foi iniciado em 2019 em Abu Dhabi e desenvolvido no Porto durante os confinamentos de 2020.
Os objetos expostos fazem parte de uma categoria difícil de determinar dentro do acervo da companhia a que chamámos arquivo morto-vivo, também conhecido como Arquivo Zombie. Este encontro com o espólio do Teatro de Marionetas do Porto no espaço do museu desta companhia ocorre no devir partilhado entre coisas e humanos, sobre o qual as marionetas são tão eloquentes, mesmo em silêncio.

Na Floresta
m/3
1 de junho – 16h00
Auditório de Espinho | Academia
R. 34 884, Espinho
Inserido no Festival Mar-Marionetas
“Adormeci de olhos abertos para ter a certeza de que não perdia nada.”
Esta é uma viagem pelas noites de uma menina que volta sempre ao mesmo lugar. Vagueia na floresta sem medo da luz da noite. Ao lado dos seus amigos, tropeça em segredos e estórias que ainda não foram contadas.
Noite após noite, onde o tempo não tem lugar.
“Apetece-me brincar. Vou dormir!”
As Marionetas do Porto constroem um mundo mágico, no qual os mais pequenos vão percorrer sonhos como se fossem tão leves como o sopro do vento.