Agenda

Estreia absoluta

Sr

O Sr. Aníbal

Espetáculo para maiores de 3 anos

16 de outubro a 9 de novembro 2025

Teatro de Belomonte
Rua de Belomonte, 57 – 4050-097 Porto

Sessões para público geral
Sábados e domingos
16h00

Bilhetes AQUI

Sessões para público escolar
Quarta a sexta
10h30 e 14h30

(com marcação prévia)

Informações e reservas
teatro@marionetasdoporto.pt | 222 089 175

O senhor Aníbal é um senhor idoso que vive sozinho numa casa-toca. A sua companhia são os objetos que habitam uma casa e as memórias que cada um deles carrega. No meio de tanta solidão, tanto silêncio, será que o senhor Aníbal se sente sozinho? Ou as memórias baralhadas de 80 anos de vida se tornam em momentos vertiginosamente divertidos? Será que os objetos de uma casa podem ganhar vida apenas para fazer companhia a este velhinho?
As Marionetas do Porto propõem um espetáculo que reflete sobre a velhice e associada a ela alguma solidão. Ao acompanhar este personagem fazemos uma viagem sobre as rotinas do seu dia-a-dia e os seus contratempos. No espetáculo, a companhia faz uma abordagem aos objetos do quotidiano que carregam a sua própria memória, a sua função e a sua metáfora, ao mesmo tempo que reflete sobre a velhice nos tempos atuais.

Ficha artística e técnica

Encenação e dramaturgia
Micaela Soares
Texto
Micaela Soares e Vítor Gomes
Cenografia
Filipe Azevedo e João Pedro Trindade
Marionetas
João Rodrigues
Desenho de som
Luís Aly
Desenho de luz
Filipe Azevedo
Figurinos
Letícia dos Santos
Interpretação
Micaela Soares e Vítor Gomes
Produção
Sofia Carvalho
Oficina de construção
João Pedro Trindade (coordenação), Catarina Falcão, Filipe
Azevedo e João Rodrigues

Operação de luz e som
Filipe Azevedo
Fotografia de cena
Susana Neves

Coprodução Marionetas do Porto | Festival Internacional de Marionetas do Porto

museu2

Universo Onírico 

1 a 28 de setembro*

Quarta a sexta
14h – 18h**
Sábado e domingo
11h – 13h* + 14h – 18h**
**última admissão 30 minutos antes do fecho
Rua de Belomonte, 61 – Porto

Bilhetes AQUI

Da exposição O Universo Onírico das Marionetas do Porto fazem parte obras emblemáticas da companhia que se relacionam com a temática do sonho e ambientes etéreos (Wonderland, Nada ou Silêncio de Beckett, Cabaret Molotov, Cinderela, A Cor do Céu e Joanica Puff).

Miséria e Teatro Dom Roberto mantém-se como documento histórico do Museu das Marionetas do Porto e acrescentamos à lista uma mega ilustração de Júlio Vanzeler que une dezenas de personagens criadas por si.

No espaço de experimentação, concebido como um miniteatro, poderá ser um verdadeiro marionetista, encenador e ainda técnico de luz, som e vídeo.

A exposição permite uma fruição diversa, capaz de transportar o visitante para outro lugar, através das peças expostas, dos adereços, das histórias e de todas as atividades propostas num programa dirigido a todo o público.

Na sala dedicada às exposições temporárias recebemos, duas vezes por ano, companhias de marionetas e formas animadas do nosso país.
Este é um museu de autor, centrado na obra de João Paulo Seara Cardoso (1956-2010), fundador do Teatro de Marionetas do Porto, situado numa rua estreita, em pleno centro histórico. Atravessar a porta do Museu, tem sido, para muitos visitantes, um encontro com a utopia. Assim desejamos que continue através da exposição patente.

tf

Uma Coisa Menos Longínqua

Exposição Temporária Teatro de Ferro

Até 28 de setembro
Museu das Marionetas do Porto

Estão aqui representadas duas criações do percurso do Teatro de Ferro: Uma Aventura no Espaço (2013) conta as aventuras de uma menina-marioneta chamada Carla Cosmonauta que viaja pelo espaço nas suas diferentes conceptualizações e Uma Coisa Longínqua (2020), uma espécie de poesia épica abstrata que celebra as grandes façanhas de um grupo de objetos (criaturas, criações?) que parte, cosmos adentro, em busca de outros modos de existir. Foram experiências muito diferentes: no primeiro caso temos um dispositivo cenográfico partilhado por performers e espectadores numa relação interativa e de grande proximidade, no segundo trata-se de um filme-performance em que apenas uma pequena parte é executada e projetada ao vivo. Nestas modalidades distintas de copresença habita um fascínio pela ideia de espaço (que, como se sabe, é outra forma de falar de tempo). As peças que selecionámos falam-nos então sobre espaço, sobre distância e, claro, sobre proximidade.

Nesta pequena mostra do nosso trabalho propomos um encontro entre figuras antropomórficas e outras morfologias não especificadas, entre algo que evoca a escultura abstrata do século XX, a formação geológica e outros objetos indeterminados que habitam certas pinturas do movimento surrealista. Em comum partilham uma vida em cena que através da manipulação, explora a tensão entre corpo, espaço e tempo.
De Uma Aventura no Espaço selecionámos as figuras da cena “o espaço da intimidade”: duas marionetas esculpidas em madeira de faia por Eduardo Mendes e Hernâni Miranda representam os intérpretes Carla Veloso e Igor Gandra. Estes dois são também criadores do espetáculo e um par amoroso que dança na eternidade. O poema é de Regina Guimarães e foi escrito para a cena. De Uma Coisa Longínqua trouxemos algumas esculturas (também em madeira) de Igor Gandra e Eduardo Mendes extraídas da cena “deserto noite” que povoam uma paisagem de areia, o seu habitat natural. Deste mesmo projeto destacámos também o vídeo da cena “clepsidra” filmado e montado por Lota Gandra com sonoplastia de Carlos Guedes. O processo de criação foi iniciado em 2019 em Abu Dhabi e desenvolvido no Porto durante os confinamentos de 2020.

Os objetos expostos fazem parte de uma categoria difícil de determinar dentro do acervo da companhia a que chamámos arquivo morto-vivo, também conhecido como Arquivo Zombie.  Este encontro com o espólio do Teatro de Marionetas do Porto no espaço do museu desta companhia ocorre no devir partilhado entre coisas e humanos, sobre o qual as marionetas são tão eloquentes, mesmo em silêncio.