staging, theatrical version, and scenography
João Paulo Seara Cardoso
shadows and costumes
Júlio Vanzeler
music
Fernando Lapa
song adaptation
Regina Guimarães
lighting design
António Real
cast
Ana Dinis, Igor Gandra, Maria João Castro, Rui Oliveira
production
Mário Moutinho
production secretary
Sofia Carvalho
production assistant
Rosário Costa
translation
Maria Filomena Duarte
shadow painting
Emília Sousa
construction workshop
Agostinho Silva
sound and lighting technician
Nelson Valente
assembly technician
Sérgio Rolo
graphic design
Júlio Vanzeler
costume making
Branca Elíseo
sound studio
MCF
collaboration
Deolinda Ramalho
Alice e o sorriso sem gato
Uma das coisas mais curiosas que Alice encontrou no País das Maravilhas foi um gato sorridente que aparece no céu e que, pouco a pouco, vai desaparecendo, ficando apenas no espaço um sorriso. O sorriso do gato, sem gato.
Não é difícil, hoje em dia, com as técnicas da fotografia, do cinema, do desenho animado, por exemplo, fazer desaparecer gradualmente o gato, mantendo, entretanto, o sorriso do bichano. E essa fantasia sonhada por Lewis Carroll, o autor de “Alice”, é apenas um dos muitos prodígios, metamorfoses, transformações, fragmentações, ampliações, reduções, transmutações, revoluções, irreflexões e invenções delirantes a que ele sujeitou a pobre da Alice.
Para recriar algumas destas imagens, João Paulo Seara Cardoso e os outros artistas que conceberam “Alice no País das Maravilhas” recorreram à técnica das sombras acrílicas coloridas, projetadas num ecrã branco, tudo isso combinado com a arte de manipular, animar e movimentar marionetas. Outra técnica auxiliar é a contracenação entre as figuras coloridas e os atores Ana Dinis, Igor Gandra, Maria João Castro e Rui Oliveira.
Esta “Alice” é mais uma das manifestações da criatividade do Teatro de Marionetas do Porto e da inesgotável miscigenação de artes e técnicas a que cada produção do grupo recorre.
Manuel João Gomes
in “Público”
Perguntas e Respostas
…
A estratégia narrativa é a da história dentro da história e algumas figuras circulam mesmo pelo universo das figuras humanizadas (como Alice e o Homem Velho) ou pelo da representação icónica das imaginativas e coloridas «sombras» (Júlio Vanzeler), onde, por sua vez, haverá desdobramento narrativo.
A função é introduzida por um «cobrador de bilhetes» de um comboio que leva a imaginação do auditório pelo bosque iniciático em que Alice , belissimamente volvida humana pelo gesto estilizado de Ana Dinis (deduzo eu, que o programa não explicita) se perde e se encontra graças ao louco Cavaleiro.
Eugénia Vasques
in “Expresso”