EXIT é uma espécie de video-clip teatral, um espetáculo fragmentado em imagens (reais? virtuais?) dentro das quais as marionetas voam na sua verdadeira dimensão poética.
EXIT constitui uma reflexão sobre o mundo contemporâneo, através do olhar subjetivo de um jovem da nova geração urbana. Um personagem em conflito com a “cena real”, evadindo-se em correrias alucinantes pelas avenidas do imaginário. Enclausurado na sua bolha vital, na sua solidão, procura rompê-la, procura uma saída. “No way out”?
EXIT explora a marioneta no seu domínio essencial, o movimento, fazendo intervir uma relação experimental com o vídeo e o corpo dos intérpretes/marionetistas.
encenação e cenografia
João Paulo Seara Cardoso
marionetas e figurinos
Manuela Teixeira de Campos
pintura de marionetas
Emília Sousa
sonoplastia
Vitor Costa
produção
Mário Moutinho
interpretação
Igor Gandra, Rui Oliveira, Sérgio Rolo
operação de som e luz
David Sobral
assistentes de produção
Maria João Castro, Sandra Fontoura
secretária de produção
Sofia Carvalho
técnico de construção
Abílio Silva
fotografia de cena
Limamil
design gráfico
Júlio Vanzeler
vídeo
Apiarte
apoios
Jornal de Notícias, Público, Rádio Nova Era
espaço cénico
Dimensões
boca de cena: 7 m
profundidade: 5 m
altura: 4 m
Panejamento negro em todo o envolvimento do palco
Chão negro
Obscuridade total
luz
Equipamento da companhia
ligação trifásica 16 A
som
Mesa de mistura
Amplificação da sala
Som de palco
montagem
10 horas
desmontagem
3 horas
staff necessário
Técnico de som
Técnico de luz
Técnico de palco
número de atores: 3
número de técnicos: 2
duração do espetáculo: 52 minutos
classificação etária: Maiores de 12 anos
menções obrigatórias em todo o material promocional do espetáculo:
Estrutura financiada por SEC/DGArtes (com inserção de logótipos)
Voa, marioneta, voa
“EXIT” é uma espécie de Circo Maravilhoso onde, mais uma vez, a poesia e o sonho se tornam reais, graças a um perfeito domínio das técnicas de manipulação, único no seu género em Portugal e arredores.”
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Manuel João Gomes
in “Público”, 3 março 1998
A marioneta solitária
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“…chegou ao ex-Acarte, agora CamAcarte, sempre na Gulbenkian, o Teatro de Marionetas do Porto, de João Paulo Seara Cardoso (e outros) que honra a capital nortenha.
O espetáculo Exit pertence a esta linhagem. Para os adultos. Supersofisticado. Eticamente atual. Algo de Kafka, algo de Charlot, algo surrealista.”
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Jorge Listopad
in “Jornal de Letras”, 26 janeiro 2000
As manias das marionetas
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EXIT é uma trip: teatro de marionetas no espírito da techno e do ecstasy, é um êxtase, é corporal, é intenso. As associações são livres porque em EXIT qualquer tipo de texto está ausente. A sua linguagem é a do teatro de dança moderno, a linguagem do corpo, do movimento, da coreografia. Passa-se como um vídeoclip, fascina com cortes e projeções rápidos, com perfeição técnica.
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Christine Dössel
in “Suddeutsche Zeitung”, 12 julho 2000
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Uma hora de espetáculo de grande coesão, com os olhos presos ao desenrolar das imagens, sons e emoções que o TMP tão prodigamente oferece, agarrados às marionetas, a maioria das quais sem identidade, especialmente preparadas para absorver a nossa.
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R.S
in “Blitz”, 11 janeiro 2000
Tecnologia e metafísica
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“Exit é um produto interessantíssimo, que todos os aficionados da marioneta deveriam ver e que tem como objetivo introduzir o mundo das marionetas de novas linguagens artísticas.
… há momentos estranhos, geniais, de grande intensidade.”
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J.A.G.
in “El Norte de Castilla”, 12 maio 2000
Tecnologia e metafísica
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Força visual atraente e fortíssima, uma energia fantástica e um clima sonoro fabuloso (sinais estes, logo patenteados nos primeiros minutos da função), tudo isso para nos falar das extensões das selvas humanas citadinas, da incomunicabilidade entre os seres humanos.
Este objeto artístico portuense banha-se, salutarmente, em mistos de linguagem, em buscas de caminhadas possíveis para o marionetismo contemporâneo, o que é prototipo da companhia e encenador.
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Fernando Midões
in “Diário de Notícias”, 13 janeiro 2000