Esta não é uma Cinderela tradicional. Há uma reescrita, um tanto ou quanto anacrónica, da história tradicional, a partir das versões de Perrault e Grimm. Personagens saídos de outros contos de fadas caem do céu para dificultar a vida a Cinderela. Há uma Bruxa-Má que detesta histórias com final feliz e um Lobo-Mau disfarçado de GNR a patrulhar as estradas da floresta. Os Sete Anões são chamados para salvar Cinderela de morte certa, na sua qualidade de especialistas em técnicas de salvamento de meninas envenenadas. A Fada-Madrinha é uma tia irascível e ajusta contas com a Bruxa-Má, num combate de wrestling. No final Cinderela casa mesmo com o príncipe e têm imensos filhinhos, para descanso de todos.
João Paulo Seara Cardoso
marionetas
a partir de desenhos de João Vaz de Carvalho
música
Paul Ferrer
figurinos
Pedro Ribeiro
coordenação de movimento
Isabel Barros
desenho de luz
António Real e Rui Pedro Rodrigues
produção
Sofia Carvalho
interpretação
Micaela Soares
Shirley Resende
Vitor Gomes
operação de luz
Filipe Azevedo
assistentes de produção
Edgard Fernandes
Pedro Miguel Castro
oficina de construção
Rui Pedro Rodrigues (coordenação e modelação)
Inês Coutinho (pintura)
Nuno Valdemar Guedes
Filipe Garcia
construção cenográfica
Américo Castanheira, Tudo-Faço
design gráfico
Jorge Cerqueira
fotografia de cena
Pedro Sardinha
apoio
Balleteatro Auditório
coprodução
Teatro de Marionetas do Porto
Auditório de Espinho
FIMS – Chão de Oliva
8m – boca de cena / 8m – profundidade / 5m – altura min. / Chão negro
Cena negra – Caixa preta.
luz
Dimmers digitais – 48 circuitos – Prot. Com. DMX512
Mesa de luz ETC Express 24/48 ( Mat. da companhia )
Varas de luz ( ver planta em anexo )
projetores
8 PC 1 KW com palas e porta-filtros
20 Proj. Recorte 1 Kw 25/50
8 Proj. Par 64 CP60 com porta-filtros
filtros
(Material da companhia)
som
1 monitor colocados no palco
1 Mesa de mistura
1 Microfone CAD M179 (Mat. da companhia)
bastidores
3 Camarins individuais ou 1 coletivo
montagem
10 horas
staff necessário
2 pessoas para descarga e carga
Técnico de luz
Técnico de som
Técnico de palco
plano de trabalho
1º turno – 4 horas
Montagem:
Cenografia; Cena negra; Luz; Som
2º turno – 4 horas
Afinação:
Cena negra; Luz; Som
3º turno – 2 horas
Ensaio Geral:
Luz; Som
notas: Para iniciar a montagem o palco e a teia devem estar limpos e sem quaisquer equipamentos.
É utilizada uma máquina de fumo (Mat. da companhia) e dois pequenos explosivos.
duração do espetáculo: 55 minutos
classificação etária: maiores de 4 anos
menções obrigatórias em todo o material promocional do espetáculo:
Companhia subsidiada por SEC/DGArtes (com inserção de logotipos)
coprodução Teatro de Marionetas do Porto, Auditório de Espinho e FIMS – Chão de Oliva
Cinderela
Uma fábula, muitas estórias
Nova produção do Teatro de Marionetas do Porto no Balleteatro.
«É uma Cinderela revisitada, feita à moda do Teatro de Marionetas do Porto (TMP)», avisa João Paulo Seara Cardoso, o enc enador. Tentaram seguir a história tal como é conhecida, mas pelo meio outros ingredientes tomaram conta do texto e o resultado vai muito para além do onvencional. Trata-se de uma reescrita, «um tanto ou quanto anacrónica», a partir das versões de Perrault e dos irmãos Grimm. Em palco cruzam-se histórias e personagens de outros contos de fadas. Assim, surge uma bruxa-má que detesta histórias com final feliz, um lobo disfarçado de GNR a patrulhar a floresta, sete anões envolvidos numa operação de salvamento e uma fada-madrinha irascível. «Nesta viagem a Cinderela cruz-se com personagens da Branca de Neve e do Capuchinho Vermelho», explica o encenador. No entanto, e para «Descanso de todos», a protagonista casa mesmo com o príncipe e têm vários filhos. Refira-se que, pela primeira vez, as marionetas para este espetáculo foram criadas a partir de desenhos do ilustrador João Vaz de Carvalho. A música criada por Paul Ferrer será tocada ao ritmo do acordeão. E a interpretação está entregue à equipa habitual, ou seja a Sara Henriques, Sérgio Rolo e Shirley Resende. Depois da incursão pelo universo de Lewis Carroll com Wonderland, espetáculo para um público adulto, o TMP regressa ao universo infantil com uma original Cinderela.
Susana Silva Oliveira
in Visão, 5 de novembro de 2009
Teatro de Marionetas. Espinho. 2 – 4 de dezembro
CINDERELA. Esta coprodução Teatro de Marionetas do Porto – Auditório de Espinho – Chão de Oliva / FIMS, com encenação, texto e cenografia de João Paulo Seara Cardoso, não fala de uma “Cinderela” tradicional. A partir das versões de Perrault e Grimm, desta vez os personagens saídos de outros contos de fadas “caem do céu” para dificultar a vida a Cinderela. Há uma Bruxa-Má que detesta histórias com final feliz e um Lobo-Mau disfarçado de GNR a patrulhar as estradas da floresta. Os Sete Anões são chamados para salvar Cinderela de morte certa, na sua qualidade de especialistas em técnicas de salvamento de meninas envenenadas. A Fada-Madrinha é uma “tia” irascível e ajusta contas com a Bruxa-Má, num combate de “wrestling”. No final, para descanso de todos, Cinderela casa mesmo com o príncipe e têm imensos filhinhos.
in Diário de Aveiro, 26 de novembro de 2009
CINDERELA
A poucos minutos da estreia de “Cinderela”, o novo espetáculo do teatro de Marionetas do Porto, uma espectadora expressava a João Paulo Seara Cardoso, responsável pelo texto, encenação e coreografia, o desejo de satisfazer uma curiosidade antiga de se passear pelos bastidores do teatro. Mais do que os espaços físicos em si, percebe-se, interessar-lhe-ia sobretudo percorrer os mecanismos do processo criativo. A pertinência do pedido ficava patente no final de 55 minutos de pura fábula teatral, construídos com base num raro saber oficinal. É um saber que parte da imensa criatividade contida nas marionetas concebidas a partir dos divertidos desenhos de João Vaz de Carvalho e passa por um trabalho de reconstrução da história assente numa linguagem linear para as crianças, mas carregada de bem humoradas leituras subliminares para os adultos. O exaustivo e rigoroso trabalho dos três atores faz de “Cinderela” um caleidoscópio de personagens arrancadas a outros contos de fadas, com uma Bruxa Má que odeia histórias com final feliz, um Lobo Mau disfarçado de GNR a patrulhar as ruas da floresta e, numa das grandes cenas da peça, os Sete Anões a socorrerem e a salvarem a Cinderela de uma morte mais do que anunciada. Depois dos sustos, tudo acaba bem. No ar fica a infinita magia de um espetáculo surpreendente e ao nível do que melhor tem feito a companhia dirigida por Seara Cardoso.
Valdemar Cruz
in Expresso, 21 de novembro de 2009
Uma noite diferente, um Fim de Semana entre amigos
É daquelas ideias que surgem de repente num encontro de amigos e que acabam por se concretizar e resultar em momentos que nos transportam para fora da preocupação de como vai ser a próxima semana ou da roupa que devíamos ter posto a lavar!
A Cinderela, da Companhia de Teatro de Marionetas do Porto, é super divertida e super “gaja” mas única, e que dá nas vistas! Uma oportunidade de numa assentada nos reencontrarmos com os nossos amigos Sete Anões, Lobo-Mau, Bruxa Má, Fada Madrinha e outros que depois de emigrados no continente a ocidente, mais especificamente no nosso país irmão, regressam para “ajudar” esta “pró”-princesa que efetivamente só não recorre a um GPS para conseguir ir ao encontro do seu príncipe! Para miúdos e graúdos aqui fica a sugestão, com conhecimento de causa, de uma noite, ou tarde, super divertida e colorida para experienciar até ao dia 29 de novembro no BalleTeatro! As cadeiras podem não ser as mais confortáveis mas as gargalhadas fazem desaparecer qualquer sensação de desconforto vertebral que se possa fazer sentir! Vão!
in Ponto de Integração, 15 de novembro de 2009
Dizem que “esta não é uma Cinderela tradicional” e é verdade!
“Esta não é uma Cinderela tradicional. Há uma reescrita, um tanto ou quanto anacrónica, da história tradicional, a partir das versões de Perrault e Grimm. Personagens saídos de outros contos de fadas caem do céu para dificultar a vida a Cinderela.”
Este é dos melhores espetáculos de marionetas a que já tive a oportunidade de assistir. O texto e interpretação surpreendem pela positiva e a história encanta, porque não é só uma – são muitas e bem contadas.
A Cinderela vai ao baile num bólide todo “quitado”, as irmãs malvadas são “peneirentas”, os passarinhos falam com sotaque do Brasil, o Lobo Mau aparece disfarçado de GNR na estrada da floresta e a Fada Madrinha acaba numa luta de wrestling com a Bruxa Má. E também por lá passam os Sete Anões para uma famosa técnica de salvamento de meninas envenenadas.
Cinderela, do Teatro de Marionetas do Porto, tem encenação de João Paulo Seara Cardoso e está em cena para maiores de 4 anos no Balleteatro. Os pequenotes não devem perder, mas os adultos também não!
in Clube Literário do Porto, 18 de novembro de 2009