MUSEU DAS MARIONETAS DO PORTO
Um lugar onde a poética das marionetas permite criar múltiplas narrativas e alarga a compreensão do mundo de forma sensível.
Quem Como e quando começou este projeto?
Isabel Barros – Quem: João Paulo Seara Cardoso, como: sem apoios e com uma grande paixão e trabalho de uma companhia, quando: em 2002
Em 2002, João Paulo Seara Cardoso (1956-2010) encenador e diretor arístico do Teatro de Marionetas do Porto, teve a ideia e o sonho de criar um Museu das Marionetas no Porto. Nesse ano, 2002, foi alugado o espaço, na Rua das Flores, um imóvel que na altura estava praticamente em ruínas.
A 3 de Fevereiro de 2013, data de aniversário de João Paulo Seara Cardoso, o sonho foi realizado. Situado na Rua das Flores, uma das mais belas artérias da cidade do Porto, e próximo da sede do Teatro de Marionetas do Porto, foi inaugurado o MUSEU DAS MARIONETAS DO PORTO, num projeto de arquitetura do arquiteto José Gigante.
O Teatro de Marionetas do Porto comemora 25 anos e a inauguração do Museu das Marionetas do Porto foi um momento muito importante no programa elaborado para esta comemoração.
O que podemos ver e sentir dentro do museu?
Uma das características deste Museu, é ser um Museu intimamente ligado a um projeto de criação artística, que possibilita que a coleção seja sempre renovada e o núcleo de exposições ganha uma forte dinâmica.
A especificidade do museu será essa relação teatro/museu, ou seja marionetas com existência teatral, vistas em contexto cénico, com alma, mais tarde revistas no seu estado de vida latente no museu, e o contrário, marionetas expostas que voltam a existir em cena através das reposições dos espetáculos
No Museu há uma exposição permanente, na qual estão Miséria e Teatro D.Roberto, e ao longo do ano serão feitas três exposições diferentes.
Até 31 de Maio, encontra-se a exposição Lugares de Apaziguamento. Nesta exposição, que ocupa dois pisos, podem ser vistas marionetas de dez espetáculos do Teatro de Marionetas do Porto, todos da autoria de João Paulo Seara Cardoso, com marionetas de vários artistas, nomeadamente: Rosa Ramos, António P.Onofre, João Vaz de Carvalho e Júlio Vanzeler. Num dos pisos, há também a exposição Pelos Cabelos, com ilustrações de João Vaz de Carvalho. A próxima criação do Teatro de Marionetas do Porto irá ser criada a partir do universo das ilustrações de Pelos Cabelos.
O que podemos ver e sentir no Museu: Marionetas que são também objetos plásticos, esculturas, ilustrações, ciclos de vídeo, conversas, visitas, matérias de um sonho.
Que apoios teve ou vai ter para a sua continuidade?
Até ao momento, o Museu das Marionetas do Porto teve um apoio da Fundação Calouste Gulbenkian para aquisição de material de iluminação, e está a tentar outros apoios que ainda não estão confirmados.
Foi criado o cartão Amigo das Marionetas do Porto, e acreditamos que no futuro, esperando que seja no futuro próximo seja possível encontrar apoios que permitam a continuidade e a constante aposta na qualidade.
Através de parcerias, nomeadamente com a Porto Lazer e com a Fundação da Juventude, o Museu está a desenvolver projetos de criação com comunidades do Centro Histórico.
Que atividades podem ser realizadas no museu?
No Museu das Marionetas do Porto podem ser feitas visitas livres, visitas guiadas para público em geral com os atores, em datas divulgadas através do nosso site e Facebook, e ainda visitas guiadas para escolas, com os atores, e com marcação prévia.
Além das visitas, uma vez por mês há Exibições no Museu, onde serão exibidos documentários/filmes com conversa com os autores do mesmo no final da exibição.
Que convites fariam aos futuros visitantes?
Sugerimos que a partir da descoberta das marionetas do Museu, tenham a curiosidade de conhecer a sua existência para lá da exposição, e vão à procura de as ver através do site www.marionetasdoporto.pt, e vejam as sínteses de cada um dos espetáculos. E ainda que a partir dessa experiência possam ficar atentos a programações de marionetas, quer do Teatro de Marionetas do Porto, quer de outras companhias ou Festivais, de forma que a experiência da visita possa ter reflexo no futuro.
Na entrada do Museu há um livro de registo breve das impressões, aos visitantes sugerimos que deixem a sua marca de passagem e visita.
Sugerimos ainda que faça todas as perguntas que tiver vontade, sobre o passado, o presente ou o futuro, a equipa que recebe ficará feliz por poder participar nessa experiência.
Isabel Barros
Diretora artística
Abril 2013