O que somos é algo relativo ao lugar e ao tempo, diria que vamos sendo, uma espécie de construção em movimento contínuo. Somos a nossa casa, as pessoas que amamos, as escolhas ou não escolhas que fazemos, somos os animais todos, somos a terra, as árvores e o mar. Nessa construção, vamos tentando encontrar um propósito, que por vezes parece claro e no momento seguinte parece, rigorosamente o contrário. Entre os dois momentos, uma pausa, um sopro, um silêncio. Regressamos a algo que ainda não sabemos identificar.
Nesta criação, partimos desse ponto, desse momento entre a decisão e o salto, a imobilidade e a ação, o toque e o disparo.
Partimos agora!
Isabel Barros