A wolf self proclaims himself king of the forest and has fun at the expense of causing harm to other animals.
These rebel against the tyranny of the wolf and try to beat him. In the end, as men (and animals) are not measured by their size, it will be small mosquito Valentim to bring back the peace to the forest and its inhabitants.
This fable, with a political nature, is the starting point of the profane musical cantata of composer Eurico Carrapatoso.
The staging of this work, by Teatro de Marionetas do Porto, puts into play the Orquestra Nacional do Porto (National Orchestra of Porto), the children and young people choir of Casa da Música, created for this purpose, two soloists, one narrator and four actors/puppeteers.
Thus, the intervenients will tell a story and sing in a scenic environment especially designed for the stage of Casa da Música, as if it were a book, as they are displayed on large screens, illustrations documenting the different spaces, episodes and narrative environments.
Children’s choir of Casa da Música
choral direction
Maestro José Luís Borges Coelho
choral preparation
Rui Taveira
assayer
Jaime Mota
Orquestra Nacional do Porto
direction
Marc Tardue
soprano
Angélica Neto
baritone
José Corvelo
narration
Paula Abrunhosa
Teatro de Marionetas do Porto
staging and scenography
João Paulo Seara Cardoso
marionettes and illustrations
Júlio Vanzeler
costumes
Dino Alves
movement
Isabel Barros
lighting design
Daniel Worm D’Assumpção
marionette painting
Emília Sousa
production
Sofia Carvalho
cast
Edgard Fernandes, Rui Oliveira, Sara Henriques, Sérgio Rolo
staging assistant
Pedro Ribeiro
production assistant
Pedro Miguel Castro
lighting operation
Rui Pedro Rodrigues
video operation
Filipe Martins
marionette construction
João Fernandes, Rui Eduardo Freitas, Sofia Pereira, Vítor Silva
scenographic structure construction
Américo Castanheira, Tudo Faço
costume making
Cláudia Ribeiro, Maria La- Sallete Santos Oliveira
stage photography
Ana Pereira/Casa da Música
Ópera com marionetas na Casa da Música
Um coro infantojuvenil junta-se à Orquestra Nacional do Porto para O Lobo Diogo e o Mosquito Valentim
O Teatro de Marionetas do Porto apresenta hoje às 21h, na Casa da Música, a primeira versão encenada da cantata O Lobo Diogo e o Mosquito Valentim, de Eurico Carrapatoso. O espetáculo junta um grupo coral infantojuvenil à Orquestra Nacional do Porto e aos solistas Angélica Neto e José Corvelo. A direção musical está a cargo de Marc Tardue e João Paulo Seara Cardoso tem a direção técnica do espetáculo que será registado em vídeo para ser depois editado em DVD. Para o encenador João Paulo Seara Cardoso, este foi um desafio fantástico pois trata-se de uma obra apaixonante, cuja narrativa tem uma composição musical muito bem feita. Segundo Seara Cardoso, as principais dificuldades na adaptação da cantata de Eurico Carrapatoso foram duas. A primeira foi organizar o espaço cénico, que inclui cenários, as marionetas, uma orquestra e um coro, tendo em conta as características do palco da Casa da Música. A segunda foi descobrir como abordar uma ópera com marionetas, sabendo que não são elas que cantam. A solução encontrada foi pôr os solistas e o coro a cantar e as marionetas a interpretar o canto com uma coreografia. Para além da componente musical e cénica, o espetáculo terá também uma vertente audiovisual através da projeção de ilustrações feitas de propósito para esta encenação por Júlio Vanzeler. A ideia, explica Seara Cardoso, é que a história funcione como um livro e que tenha todos os elementos cénicos presentes. Na história, baseada na fábula de António Pires Cabral com o mesmo nome, um lobo autoproclama-se rei dos animais e diverte-se à custa do mal que provoca nos outros animais. Mas no final, como os homens (e os bichos) não se medem aos palmos, será o pequeno mosquito Valentim a salvar o dia e a devolver a paz à floresta.
Léccio Rocha
in “Público”, 26 maio 2006